O termo, proposto por Stránský, designa “a teoria cujo objeto é a museologia ela mesma”, de um certo modo estando estritamente ligada à Museologia, mas também relacionando-se com a Filosofia, com a História e com a teoria da ciência e da cultura.
Em sua abordagem metamuseológica, o primeiro problema levantado tratava do objeto de estudo da Museologia. Stránský propôs questões desconcertantes para o campo em construção. Com uma declaração, em 1965, em que negou o museu como objeto de estudo dessa suposta ciência, o autor abriu o caminho para um longo processo de autorreflexão que marcou a Museologia em suas bases no leste europeu.
Ao afirmar, em 1965, que o “o objeto da museologia não é e não pode ser o museu”, Stránský se propunha realizar era a separação entre o “instrumento” – ou o meio, isto é, o museu – e a “finalidade” a que ele serve. Ele afirma, com efeito, o que poderia ser considerado óbvio a partir do contexto dos museus do pós-guerra e, sobretudo, a partir dos anos 1950; ou seja: que o museu, como uma instituição que serve a uma finalidade, não pode ser o objeto de uma ciência. Entretanto, ele propõe que o objeto da Museologia deve ser buscado no próprio trabalho em museu, na tarefa “sistemática e crítica” de se produzir o objeto de museu – ou musealia, na terminologia stranskiana.